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Cepea, 3/10/2019 – O Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio de Minas Gerais, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, cresceu 1,53% no primeiro semestre de 2019. Assim como observado no agronegócio brasileiro, o setor em Minas Gerais também foi impulsionado pelo ramo pecuário, que acumulou alta de 4,87% no período. Já o PIB do ramo agrícola, pressionado sobretudo pelos resultados de dentro da porteira, recuou 0,90% no primeiro semestre.
INSUMOS
Em consonância com o agronegócio nacional, o segmento de insumos mineiro se destacou em crescimento no primeiro semestre de 2019, com resultados positivos nos dois ramos, de 10,34% para o agrícola e de 3,16% para o pecuário.
PRIMÁRIO
O segmento primário teve alta de 2,81% no estado mineiro, devido ao crescimento verificado para a pecuária, de 6,27%. As atividades que tiveram destaque positivo pelo seu crescimento de faturamento foram a avicultura e a suinocultura. E esse desempenho, por sua vez, é reflexo principalmente da Peste Suína Africana que assola principalmente a China e também outros países asiáticos e que, desde então, tem mantido aquecida a demanda internacional pela carne brasileira e impulsionado os preços domésticos. O leite também apresentou resultados positivos em decorrência do aumento do preço – reflexo da redução da oferta e da maior disputa pela matéria-prima junto à indústria de derivados.
Já o segmento primário agrícola recuou 2,62%, pressionado pela menor produção esperada. Neste caso, o café, principal cultura do estado mineiro em termos de participação no valor bruto da produção agrícola, apresentou redução tanto em volume (-16,8%) quanto em preço (-15,6%), culminando em queda de 29,7% no faturamento. Além disso, as culturas de milho, soja e cana-de-açúcar, de alta relevância no segmento para o estado, também registraram queda de faturamento.
AGROINDÚSTRIA
O PIB da agroindústria mineira caiu 0,51% no primeiro semestre. Esse cenário foi resultado da queda para a agroindústria de base agrícola (-0,99%), tendo em vista o crescimento (de 1,74%) para a de pecuária. No caso do agrícola, o desempenho negativo esteve associado às quedas observadas em importantes atividades, como o etanol hidratado e a indústria têxtil. Já a alta no segmento pecuário se deve ao avanço verificado em quase todas atividades industriais pecuária acompanhadas (com exceção para carne de vacas), com destaque para suinocultura e avicultura.
Taxas de crescimento acumuladas de janeiro a junho de 2019 (%)
Insumos | Primário | Indústria | Serviços | Agronegócio | |
Agropecuária | 6,41 | 2,81 | -0,51 | 0,97 | 1,53 |
Ramo Agrícola | 10,34 | -2,62 | -0,99 | -1,39 | -0,90 |
Ramo Pecuário | 3,16 | 6,27 | 1,74 | 4,35 | 4,87 |
Fonte: Cepea/Esalq-USP
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre índices o PIB Agro de Minas Gerais aqui e por meio da Comunicação Cepea, com o prof. Geraldo Barros e os pesquisadores Nicole Rennó e Gabriel Costeira Machado: (19) 3429-8836 / 8837 e cepea@usp.br